Wrestling no JEB’s é marcado pela inclusão e emociona comunidade da modalidade

Os Jogos Escolares Brasileiros realizados dias 4 e 5 de novembro, em Brasília-DF, contaram com dois atletas que emocionaram a comunidade do Wrestling e provaram que o esporte pode ser um meio de inclusão social para jovens e adultos com deficiência. Willian Gabriel da Silva Veríssimo foi diagnosticado com autismo grau 1, aos 9 anos e neste fim de semana, aos 14, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Escolares Brasileiros. Já Maria Eduarda Góes, a Duda, nasceu sem o membro inferior esquerdo em virtude de uma má formação congênita. Ela venceu a seletiva paranaenese e encantou ao lutar com equilíbrio e técnica no tapete do JEB’s.

“Willian pratica Wrestling há pouco mais de 1 ano e meio, em Juazeiro do Norte, com o professor Felipe Lisboa. No início, tive medo que ele se machucasse, mas também queria que ele aprendesse a se defender. Em pouco tempo, a coordenação motora dele havia melhorado e fico muito orgulhosa de vê-lo ser o primeiro campeão estadual e agora medalhista nacional da modalidade com autismo. Isso prova que ele pode ser capaz de fazer o que quiser”, explicou Maria Aurenir, mãe do jovem, orgulho de Juazeiro do Norte.

Maria Eduarda um exemplo de superação

Maria Eduarda, ou Duda, não possui o membro inferior esquerdo desde o nascimento, e impressionou os presentes no torneio nacional em Brasília. A atleta não pôde representar o Paraná no torneio individual, pois ficou abaixo do peso mínimo exigido pela categoria, mas não deixou de entrar no tapete. Em uma luta de peso combinado e com celulares apontado para seu combate, Duda surpreendeu a todos ao lutar equilibrada apenas na perna de direita, passa para as costas da oponente e vencer por touche. A destreza nos movimentos e execução das técnicos emocionou a todos.

“William e Duda são dois grandes exemplos de inclusão através do esporte. Eles competirão suas seletivas estaduais em condição de igualdade com atletas convencionais. O JEB’s é o torneio mais inclusiva por trazer atletas de todos os estados do país em distinção e é mais uma conquista ter atletas não convencionais competindo e fazendo bonito. Estamos na torcida para que atletas não convencionais também possam participar não só do Wrestling como de outras modalidades, é mais um modelo de inclusão da competição mais democrática de esporte do Brasil”, vibrou o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Antônio Hora Filho.