Da esquerda para direita: O presidente da CBW, Pedro Gama Filho, Roberto Leitão, Pedro Garcia, Angel Aldama, Mariana Belém, Eduard Soghomonyan, Aline Silva, Gilda Oliveira, Lais Nunes, Joice Silva, Giullia Penalber, Camila Fama, Lincoln Messias, Davi Albino e Flávio Ramos. Foto: Kaio Almeida | CBW

Retrospectiva 2016: agosto

A retrospectiva 2016 chega a agosto, o mês olímpico. Nas semanas que antecederam os Jogos, os brasileiros ficaram concentrados no Centro de Treinamento do Time Brasil montado na Escola de Educação Física do Exército (EsEFex) no bairro da Urca, Rio de Janeiro. Além dos cinco atletas brasileiros que competiriam nos Jogos, Eduard Soghomonya, Joice Silva, Gilda Oliveira, Lais Nunes e Aline Silva parceiros de treinos foram levados para reta de final de preparação sob o olhar dos treinadores Angel Torres Aldama e Pedro Miguel Garcia. Os atletas foram para Vila Olímpica. Depois da emoção do desfile de abertura, era a hora de os atletas entrarem na Arena 2 do Parque Olímpico e representar o país.

Eduard Soghomonyan foi o primeiro a lutar. Apesar do apoio do público, o brasileiro não conseguiu superar o georgiano Iakobi Kajaia, que venceu por superioridade técnica (8 a 0). Como Kajaia não passou, Eduard foi impedido de retornar na repescagem. No dia seguinte, Gilda Oliveira e Joice Silva entrarem no tapete de lutas. Gilda venceu a primeira luta contra a israelense Ilana Kratysh por 6 a 2. Sob os gritos de olê olê olá, Gilda, Gilda, a brasileira avançou para as quartas de finais contra a egípcia Enas Ahmed. Em uma luta de muito estudos, Gilda e Ahmed estavam empatadas em 1 a 1  em virtude de uma punição.  No entanto, a egípcia conseguiu encostar a brasileira a poucos segundos do fim. Gilda fechou o torneio em décimo na categoria até 69kg.

No mesmo dia, Joice Silva se tornou a primeira mulher a representar o Brasil em duas edições de Jogos Olímpicos. A rival da estreia foi Aisuluu Tynybekova do Quirguistão. Em uma luta franca, o placar chegou a estar em 8 a 8 e a vitória poderia ter ido para qualquer um dos lados. Tynybekova acabou acertando um contragolpe abrindo 12 a 8 e Joice não tinha mais como reagir. Depois de vencer a finlandesa vice-campeã mundial Petra Olli, Tynybekova caiu diante da russa Valeria Zhobolova e Joice não pôde ir para repescagem.

No último dia do Brasil nos Jogos, Lais Nunes até 63kg  e Aline Silva até 75kg lutaram. Lais vencia a turca Hafize Sahin e após aplicar a queda estava bem perto de conseguir o encostamento, posição que encerraria o combate e daria a vitória para braisleira. No entanto, o árbitro pediu que as atletas levantassem e logo depois do reinício, Lais acabou sendo encostada pela turca. Como Sahin não avançou, Lais também ficou fora da disputa de medalhas. Já na categoria até 75kg, a vice-campeã mundial em 2014, Aline Silva, estreou com vitória ao derrotar a japonesa Rio Watari por 4 a 3. Mas na luta seguinte, acabou derrotada por Ekaterina Bukina, da Rússia, pelo placar de 4 a 3. Em seguida, a russa perdeu inesperadamente para Guzel Manyurova do Cazaquistão e impediu Aline de voltar para repescagem e lutar pelo bronze.

A busca pela inédita medalha ficou para Tóquio 2020, mas os cinco atletas entraram para história do wrestling como a maior delegação do Brasil em uma mesma edição de Jogos Olímpicos com cinco atletas.