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COB emite nota oficial com informações e orientações sobre coronavírus

Com a chegada do coronavírus ao Brasil, o Comitê Olímpico do Brasil divulgou um comunicado oficial com informações para toda comunidade esportiva com informações sobre o vírus.

NOTA OFICIAL DO DEPARTAMENTO MÉDICO DO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO SOBRE O COVID-19 (CORONAVÍRUS)

Em virtude do recente caso diagnosticado no Brasil, em São Paulo, e conhecendo a rotina dos nossos atletas, a equipe médica do COB elaborou esse comunicado com informações e atualizações sobre a infecção por COVID-19.

Quando suspeitar da infecção por COVID-19?

Situação 1: Febre + pelo menos um sinal ou sintoma (tosse, dificuldade para respirar) + histórico de viagem para área com transmissão local, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

OU

Situação 2: Febre + pelo menos um sinal ou sintoma (tosse, dificuldade para respirar) + histórico de contato próximo de casos suspeito para o coronavirus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais e sintomas.

OU

Situação 3: Febre + pelo menos um sinal ou sintoma (tosse, dificuldade para respirar) + contato próximo de caso confirmado do coronavirus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

A febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunidade comprometida ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamente antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração.

Transmissão

Até o momento não há informação suficiente e fundamentada sobre o período de transmissibilidade. A suscetibilidade é geral, ou seja, qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, está suscetível ao contágio. Conforme as informações atuais disponíveis, sugere-se que a via de transmissão pessoa a pessoa ocorra por meio de gotículas e contato. Até o momento não há tratamento e vacina específicos para a infecção humana.

Prevenção

As principais medidas de prevenção são:

1. Higiene das mãos com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, principalmente após ir ao banheiro, antes de comer; depois de assoar o nariz; tossir ou espirrar. Se água ou sabão não estiverem disponíveis, use um desinfetante para as mãos à base de álcool 70%;

2. Etiqueta respiratória: quando tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ou utilizar o antebraço. Descartar o lenço no lixo e higienizar as mãos com água e sabonete ou produto alcoolico;

3. Evite tocar nos olhos nariz e boca;

4. Procure serviço de saúde, caso apresente sintomas respiratórios;

5. Evite contato com pessoas doentes, mantendo no mínimo, 1m de distância.

6. Limpe e desinfete os objetos e superfícies tocados com frequência usando spray ou pano de limpeza doméstico comum.

6. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Center for Disease, Control and Prevention (CDC) não recomendam que indivíduos que não têem sintomas respiratórios na comunidade usem máscaras cirúrgicas. As máscaras são recomendadas para pessoas sintomáticas na comunidade.

7. Cuidados especiais em aeroportos. Não existe recomendação específica quanto a máscara. Porém, sugerimos:

a. Usar máscara cirúrgica em aeroportos de áreas de risco (Europa, Ásia e Oceania)

i. Trocar de máscara a cada 4h se não houver sintomas
ii. Trocar de máscara a cada 2h, em caso de sintomas (tosse, espirro)

Sobre viagens:

Algumas competições em países de alto risco de transmissão da doença, foram canceladas. Para as demais

– Viagens à China e à Coréia do Sul são totalmente contraindicadas aos atletas e comissão técnica;
– Viagens ao Irã, Itália e Japão devem ser evitadas por idosos e pacientes com doenças crônicas;
– Viagens aos demais países podem acontecer adotando medidas de proteção contra infecção.

– Vale, ainda, ressaltar e avaliar a importância da competição frente ao calendário Olímpico. O foco atual das autoridades públicas é a contenção com isolamento de casos bem como a prevenção. As políticas adotadas pelas organizações esportivas devem ser sensatas com objetivo de minimizar o risco aos atletas e reduzir as chances de transmissão.
– Não esqueça de conferir o plano de voo. Muitos deles fazem conexões em países com maior risco (China, Coréia, Itália, Irã, Japão)

– Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio continua como planejado. Todas as medidas necessárias contra qualquer doença infecciosa serão adotadas para garantir a segurança dos atletas.

– Não é possível prever quanto tempo o surto durará. Surtos anteriores de coronavírus (como o SARS) duraram cerca de 6 a 9 meses, mas, como se trata de um novo vírus, o resultado é desconhecido.

É importante ficar atento às novas informações sobre o vírus e a doença. Por ser uma doença emergente, são esperadas atualizações periódicas.

FONTES: Organização Mundial da Saúde (OMS) / National Center of Immunization and Respiratory Diseases (NCIRD) / Centers for Disease Control and Prevention

*Documento elaborado pelos médicos Dra Ana Carolina Ramos e Côrte; Dra Paula Benayon; Dra Laína Bubach Carvalho