CBLA avalia Mundial Sênior
Apesar de não conquistar medalhas, a equipe brasileira que disputou o Campeonato Mundial Sênior de Luta Olímpica em Budapeste, Hungria, sai do leste europeu com o sentimento de dever cumprido.
Não conquistamos uma medalha, mas vitórias importantes aconteceram no caso de Joice Silva e Laís Nunes, vencendo países de tradição na modalidade: Bielorrússia, Hungria e Cuba.
Em uma competição de altíssimo nível não existe luta fácil, cada luta é uma final com ambos os lutadores dando o máximo de si e apenas um saindo com a vitória, no caso dos brasileiros que foram derrotados, seus desempenhos não deverão ser vistos de forma negativa, mas sim positivamente, já que pontos foram conquistados e disputas equilibradas decididas por detalhes aconteceram.
A competição teve uma grande variedade de países medalhistas e bastante equilíbrio entre os atletas.
No estilo Livre masculino, o time iraniano mostrou a sua força e levou o título por equipes com 5 medalhas conquistadas (3 ouros e 2 bronzes), seguidos de perto pela Rússia também com 5 medalhas, mas com 2 ouros e 3 bronzes. No total, 15 países conquistaram medalhas: Irã (5), Rússia (5), Índia (3), Ucrânia (3), Cuba (2), Turquia (2), além de EUA, Armênia, Bulgária, Azerbaijão, Mongólia, Hungria, Geórgia, Bielorrússia e Uzbequistão com 1 cada.
O Brasil foi representado pelos atletas Adrian Jaoude (84 Kg), Juan Izidoro (96 Kg) e Antoine Jaoude (120 Kg), que fizeram boa apresentação, mas não avançaram em suas categorias.
Com as meninas, que tivemos um melhor desempenho, isso devido às vitórias das atletas Joice Silva e Laís Nunes. Joice saiu com o saldo positivo de duas vitórias (Bielorússia e Cuba) e uma derrota (Azerbaijão), já Laís sai do Mundial com 1 vitória (Hungria) e 1 derrota (Rússia). Tivemos ainda a participação das atletas Gilda Oliveira (67 Kg) e Aline Ferreira (72 Kg).
No quadro geral de medalhas, o Japão ficou com a primeira colocação, com Mongólia e EUA na sequência.
Pelo estilo Greco romano, Diego Romanelli (60 Kg) e André Felipe Feitosa (66 Kg) também competiram de forma positiva, mas não o suficiente para superar seus adversários. Assim como no estilo Livre masculino, no Greco romano 15 diferentes países levaram medalha para casa: Rússia (4), Coreia do Sul (4), Hungria (3), Armênia (3), Irã (2), Azerbaijão (2), Turquia (2), enquanto Cazaquistão, Alemanha, Bulgária, Coreia do Norte, Uzbequistão, Estonia, Bielorrússia e Índia com 1 cada.
Roberto Leitão, Superintendente da CBLA, aprovou a participação brasileira e fez uma avaliação geral sobre primeira grande competição após a assembléia geral do COI que manteve a Luta Olímpica no programa dos Jogos Olímpicos de 2020 e 2024.
“Sobre nossos atletas, observei muita evolução e inegavelmente estamos mais perto no estilo feminino, com nossas lutadoras vencendo e chegando junto das demais atletas da competição. Penso que devido aos implementos que a FILA introduziu, a Luta ficou muito mais atrativa, não só na comunicação com o público, mas também pelas novas regras que funcionaram muito bem, favorecendo o atleta mais agressivo. Vimos lutas com muitos pontos e muita ação”.
Fora dos tapetes, além das participações dos Árbitros João Roberto Trindade Roberto leitão foi indicado pelo Presidente Nenad Lalovic e nomeado consultor da FILA na Comissão de Desenvolvimento, junto com nomes de altíssimo peso na Luta Mundial, são eles: Charles Dumont (SUI), Didier Favori (FRA), Stephan Kazarian (RUS) e Daniel Robin (CAN).
A Comissão é responsável por avaliar a Luta nos países e continentes, propondo a FILA ações para seu desenvolvimento, tais como cursos técnicos, de arbitragem, intercâmbios com bolsas para atletas, doação de materiais (tapetes, sapatilhas, bonecos) e até ajuda na área administrativa das federações nacionais.
“Fiquei surpreso e lisonjeado com o reconhecimento do meu trabalho pela Luta no Brasil e na América. Vou ter uma visão mais globalizada da Luta no mundo e espero contribuir um pouco para nosso esporte. Com minha nova posição, poderei fazer ainda mais.”
A CBLA agradece e conta com o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, do Ministério dos Esportes e principalmente da CAIXA Econômica Federal que acredita na Luta Olímpica brasileira desde 2007, e promete até 2016 apresentar uma melhor seleção brasileira a cada competição.