Analista técnica da CBW é destaque na Coordenação da Gymnasiade 2023

Agatcha, Agatá, Agaata, o nome de Ágata Aja Lopes da Silva em diferentes sotaques e idiomais foi o mais ouvido durante a Gymnasiade 2023, Jogos Mundiais Escolares para atletas de 13 a 15 anos, realizado de 24 a 26 de agosto, no ginásio da UNIFA, Sulacap, Rio de Janeiro. Para Ágata, o evento começou bem antes, em março, quando começou a atuar efetivamente como Coordenadora de Esportes do Wrestling da Gymnasiade. O trabalho passou a ser diário e diretamente com a Federação Internacional.

“Foi um desafio trabalhar em diferentes áreas de atuação. A Gymnasíade é um torneio global temos diferentes ações ao longo da semana e, por fim, finalizamos no torneio. Antes da realização da competição, tivemos um curso realizado em parceria com a Federação Internacional voltado para treinadores e educadores físicos do Rio de Janeiro comandado pelo Educador da UWW, Rafael Galva, onde pude participar fazendo a tradução. Também tivemos a Fun Zone do Wrestling, onde o treinador Cassio Bernardo pôde demonstrar na prática o Wrestling para todos que queriam conhecer a modalidade” explicou Ágata, natural de Brasília, Distrito Federal.

Durante o torneio realizado no ginásio da UNIFA, Universidade da Força Aérea, Ágata foi responsável por dar andamento na competição, antes, durante e depois das lutas. A primeira preocupação era fornecer as melhores condições para os atletas, há bem pouco tempo, era a lutadora que estava no tapete. Ágata disputou a Gymnasiade para atletas até 18 anos e atualmente é analista técnica da CBW.

“Os treinos começaram no domingo (20/08) e, até sábado (19/08), os tapetes não tinham chegado. Sou oriunda do Judô e comecei no Wrestling depois de um Jogos Escolares, então por ser atleta, sei que uma competição precisar ser uma experiência única dentro e fora do tapete. Os atletas puderam participar da FunZone, área para divertimento, do dia Cultural, onde visitaram pontos turísticos e também tiveram transporte para ir e voltar do hotel. Os horários das competições foram cumpridos e tudo deu certo”, explicou Ágata, fluente na língua inglesa, item primordial para lidar com representantes e atletas de 20 diferentes países.

Única mulher, trabalhando em um cargo de liderança na competição, Ágata estava afônica no segundo dia do torneio. Em uma modalidade predominantemente composta por homens, a jovem de 20 anos, teve que falar alto e firme para se fazer ouvir e não deixar que nada atrapalhasse o andamento da competição.

“Comecei a atuar nesta área de organização de torneio no Jogos Universitários Brasileiros e em 2022 comecei a trabalhar na Confederação Brasileira de Wrestling. É um universo masculino e tenho certeza que algumas falas ou ordens dadas por mim não seriam contestadas se fossem ditas por alguém do gênero masculino. Mas tenho um propósito de trabalho e a Gymnasíade me deu a certeza de querer um futuro dentro da gestão esportiva”, concluiu Ágata.

O trabalho da Coordenadora foi finalizado com a desmontagem das áreas de competição. Ágata já recuperou a voz, passa bem e foi presenteada com uma placa pelo reconhecimento do seu trabalho em prol da modalidade e da Gymnasiade 2023.